Dark Society
Seg Ago 31, 2020 6:56 pm
Foto
[color:7755=#ccoorr]The
[color:7755=#ccoorr]NOME + Significado + História escolha; Aniversário + Signo; Idade+Profissão; Nacionalidade; Sexo+Sexualidade
AparênciaPP:
ícones
- Surprise!:
[color:7755=#ccoorr]FAMÍLIA[color:7755=#ccoorr]PERSONALIDADE:[color:7755=#ccoorr]HISTÓRIA:
[color:7755=#ccoorr]GOSTOS, DESGOSTOS & MEDOS
[color:7755=#ccoorr] Gostos:
[color:7755=#ccoorr] Desgostos:
[color:7755=#ccoorr]EXTRAS
Re: Dark Society
Seg Ago 31, 2020 7:03 pm
The Older
AIKO é uma dos trigêmeos Yoshida, tendo sido a primeira a nascer, poucos minutos antes dos irmãos. Aiko é um nome de origemjaponesaformado a partir da junção dos elementos ai, que quer dizer “amor, carinho” e ko, que significa “criança, filho”. Foi o nome escolhido pelo príncipe e pela princesa herdeira do Japão, [s]Naruhito e Masako[/s], para sua única filha Aiko, que tem o título de Princesa Toshi; nascida no vigésimo quinto dia de Maio, estando no signo deGêmeos; está com vinte anos completos, e hoje em dia não exerce função alguma, mesmo que o futuro lhe guarde estudos; é japonesa de nascença, porém mora nos Estados Unidos desde muito pequena; é heterossexual, sendo assim interessa-se romântica e sexualmente apenas por pessoas do sexo oposto.
É maior que Suzu, e mais baixa que Akira. Os trigêmeos estão em casas de metragem diversificadas, sendo Aiko a 'do meio', medindo 1,72m. Além disso, há outras diferenças pequenas entre os três que dividiram o mesmo útero por nove meses, porém esses são mais comportamentais. A postura, as expressões, as falas. Cada um com sua própria psique é capaz de levar qualquer um que conheça os três à confusão. Não é idêntica a Suzu, sua irmã, e talvez se assemelhe até mais a Akira, o irmão. Todos os três possuem cabelos e olhos escuros, contando que Aiko os utiliza com um bom comprimento, ultrapassando os ombros e as escápulas, alcançando a metade das costas. Por vezes gosta de fazê-lo ondulado, mas a grande maioria boa parte dos dias o utiliza da forma lisa e natural. Os lábios são naturalmente mais rosados, porém não é raro vê-los coberto com alguma cor, ou até mesmo um brilho discreto, e os mesmo que aplica aos estreitos olhos; coloridos ou iluminados, o que reforça um estreito senso de vaidade na japonesa. Não é exagerada; não chama toda a atenção do mundo com a maquiagem, mas sim com a confiança de que está sempre incrível. É possível notar também, apesar do corpo magro, um certo volume de massa muscular nos membros como braços e pernas. É persistente nos esportes que escolheu, e por isso desenvolvimento físico era mais do que esperado. Suas roupas tampouco são extravagantes, porém exibem muito estilo e personalidade, coisa que é difícil se fazer. No mais, Aiko se faz atraente não só pelo visual e superficial, porém com todo o conjunto que o pacote oferece, já que nunca apagou ou adormeceu sua personalidade forte de criança.PP: Nana Komatsu
- Surprise!:
Aiko é a primeira nascida numa gestação de três crianças, nascida também na cidade de Osaka, no Japão. Mesmo que não tivessem ficado muito por lá e logo se mudando para a América.
Comecemos pela mãe, que foi com quem passou mais tempo. No começo achou que estava sinceramente querendo proteger os filhos. Que quisesse o que fosse melhor para eles. Ao longo dos anos Aiko foi percebendo que a genitora apenas pensava em si e no seu grupo religioso, não reagindo nada bem com a recusa da filha para se juntar. Chegou num ponto até que Aiko tivesse medo da mãe, quando levada mundo afora, porém apenas desgosta dela atualmente. Não dá sequer mais brecha para que se aproxime muito, e não se deixa cair no seu drama. Depois de alguns anos vivendo fugida e escondida do grupo, aprendeu a se fechar para esse lado. O pai é um pouco mais difícil, já que sempre foi o mais distante. Um homem inteligente, a quem sempre admirou desde criança. Talvez Tomiko tenha feito a cabeça da filha contra o pai um pouquinho, mas logo Aiko foi desenvolvendo opinião própria e pensando o que realmente pensava sobre Hiroya. Dos irmãos não é preciso dizer muito. É com eles que Aiko fica mais leve, relaxada e tranquila. Mesmo com seus pontos negativos e de tensão. Discutem bastante, sim, mas ainda assim recebem o instinto maternal e responsável da 'irmã mais velha'. Ela e Akira vivem trocando esse posto, já que o menino também cresceu com essa mania de proteção para com as meninas.Só que Suzu prefere a irmã mesmo.Aiko ainda desenvolveu convivência com o padrasto, Noah, que já tinha dois filhos adotados. Filhos esses que não a suportavam, e que Aiko também não suportava.
Estamos a frente de uma garota... intensa. Compreenda que desde criança Aiko nunca foi uma só, nunca foi parada ou estagnada. Tem sim suas explosões de agito e desconforto, tornando-se muito pró-ativa e energética em tudo o que se propõe a fazer; o diferencial da japonesa é que toda esse energia não atrapalha: apenas ajuda. Todos os seus desafios são cumpridos beirando à perfeição, e Aiko não descansa até que esse objetivo seja alcançado. Perfeccionismo e um fortíssimo senso de liderança são duas notáveis características antes mesmo que se saiba seu nome. E tudo isso somado a uma forte gama de respostas secas e sarcasmo destilado quando necessário. Não é maldosa nem uma pessoa ruim, apenas conheceu pessoas ruins e aprendeu como lidar com elas. É de entrar em discussões, debater, argumentar, usar toda sua força verbal antes de partir para a física - e olha que ela vai, sem medo - já que prefere resolver tudo na garganta em vez de perder seu precioso tempo batendo em alguém com risco de isso refletir para si. Tempo é precioso, sabe?
Fora isso, quando se cria um laço de confiança e carinho com alguém, é uma pessoa alegre. Sim, espontânea e até adorável. Continua sendo franca e um tanto agressiva, porém se preocupa, protege e até pode distribuir um abraço ou outro. Esse seu lado é mais visível com os irmãos Akira e Suzu, por quem daria a vida se fosse necessário, e não deixa que digam um 'a' contra os dois. Falar mal de seus irmãos só Aiko pode, está na constituição e quem desobedecer pode se dar mal. Fora isso, fez pouquíssimos amigos e os irmãos postiços são insuportáveis consigo, por isso talvez poucos descubram esse seu lado mais amável. Também é uma garota romântica, que há muito desistiu de mostrar sentimentalismo por qualquer pessoa. Pode ser desconfiada no início, mas com um pouquinho de insistência ela se torne mais vulnerável.
Em contrapartida, sua franqueza pode ser benéfica. Gosta de tirar vantagem e exibir o que tem e o que gosta de fazer, sim, mas também sabe ser reservada. Há tempo pra tudo, e Aiko sempre foi madura e crescida o suficiente para saber quando era esse tempo. Tem seus problemas e frustrações, porém é um enorme muro de ferro praticamente impenetrável, com uma dificuldade enorme de criar confiança nas pessoas. Age na defensiva, porém já diziam os bons entendedores: a melhor defesa é o ataque.
O começo dessa história é bem simples, tranquilo e sutil. Quer dizer, um pouquinho, já que o nascimento de três crianças de uma vez é tudo menos tranquilo. Ainda mais para a mãe, convenhamos. De qualquer forma, pouca coisa aconteceu de verdade até que se mudassem para os Estados Unidos, onde o patriarca montaria sua empresa de segurança privada e pudesse prover conforto e, efetivamente, segurança pessoal e financeira para a família que, ao ver das pessoas, era realmente a família perfeita e exemplar. Mas nada disso era muito verdade; deixemos isso para depois, apenas. As crianças se deram muito bem na nova casa e na escola, fazendo amigos duradouros como Shanti e Nathan e nunca acharam que poderia haver alguma possibilidade de separação, por nenhuma das partes, daquele grupinho invencível. E foi assim até Tomiko, a mãe, conhecer Ian.
Ian Geoffrey Hills era o chefe de uma igreja alternativa, filosofia pelo qual Tomiko se apegou rapidamente, além de se apaixonar perdidamente por Ian. Tanto que não demorou em nada para que tivessem um - vários - caso extraconjugal até então sem serem descobertos. Para que essa bomba não se estourasse e não prejudicasse a todos uma decisão foi tomada. A família que era aparentemente perfeita se dividiu em duas com a separação do casal, e seria ainda mais drástico com a guarda dos filhos. Akira e Suzu bateram o pé em ficar com o pai, e após uma enorme chantagem emocional feita pela mãe Aiko optou pela genitora, sacrificando tanto a companhia dos irmãos quanto a obrigação deles terem de repensar e talvez tomar uma decisão mais difícil. A verdade era que Tomiko se contentava com uma filha só, e quebrando todos os combinados possíveis firmados pelo juiz ela sumiu com o novo amante e com a criança. Aiko tinha pouco mais de dez anos quando foi obrigada a entrar num carro junto com o sacerdote Ian, seus filhos e a mãe, indo para bem longe; onde nem ela saberia dizer onde ficava.
O destino era o campo de convivência da religião, que tinha recém-terminado de ser construído. Por lá não havia comunicação, documentação, e sequer obedeciam a legislação do país. As pessoas eram obrigadas a permanecer ali, a obedecer as regras da religião e realizar tarefas diárias. Era verdadeiramente uma seita comunitária, onde todos os fieis estavam cegos e acreditavam totalmente nas palavras daquele homem. E as punições para desobedientes eram terríveis, tendo Aiko sofrido algumas delas ao pedir para visitar os irmãos, ser pega escondendo suprimentos para uma possível fuga, ser ouvida pensando alto contra o sacerdote e tantos outros atos de rebeldia. Ser a enteada do chefe daquela comunidade não era em nada vantajoso, apenas atraindo mais atenção para si. As coisas só melhoraram um pouco quando outra garota lhe confidenciou que também gostaria de fugir, e que poderiam ajudar uma a outra. Heather tinha todo um plano, e Aiko foi peça fundamental para que desse certo. O gostinho da liberdade parecia certo, e foi certo por um bom tempo. Até Heather ser encontrada e, simples e puramente, morta por ter escapado. Desde então, há pouco mais de cinco dias, Aiko está sozinha e com poucos recursos, desconfiada a cada ponto e sempre se sentindo observada ou seguida, tentando chegar de volta a Forks ou contactar algum conhecido não confiando nem mesmo em caroneiros de estrada. Apenas espera chegar lá com vida.
Gostos:
Fotografia, segue vários perfis disso na internet
Artes no geral, praticando a pintura
Gatos
Matérias sociais
Debates
Série de suspense ou policiais
Histórias de terror, mas também os romances clichêDesgostos:
Aranhas
Prédios muito altos
Não ter notícia dos irmãos
Ser superada
Que a difamem
A sensação de ser seguida
Climas muito quentesNão tem fobias fortes nem medos degenerados. Mas podem-se aplicar a ela o medo de aranhas e de altura. Tanto que quando passou o tempo no campo da seita estava constantemente apavorada nas trilhas, o que também dava brecha para os meio irmãos fazerem seus comentários maldosos. Tem medo também de perder Akira e Suzu de novo, de qualquer maneira que for. São as únicas pessoas no mundo em quem confia e se sente confortável, além de já tê-los perdido muitas vezes.CURIOSIDADES
Não só tem marcas físicas das punições nos campos como também psicológicas. Sua aracnofobia não foi por nada...
Tem uma memória excepcional; não esquece um rosto, um nome, um número nem nada do gênero;
Heather a ensinou o básico de código morse, e o que conseguiu fixar não esquecerá jamais;
É a primeira vez, em quase uma década, que vê como o mundo evoluiu de verdade, por isso pode parecer um pouco confusa e perdida;
Hoje em dia é descrente de qualquer religião, basicamente por causa do que passou.
Re: Dark Society
Seg Ago 31, 2020 7:03 pm
The Outcast
OHANA é como foi nomeada a primogênita e filha única da união de famílias Haka'a e Hampshire. Ohana é um nome que tem origem no havaiano - língua indígena das ilhas do Havaí - e significa "família", no sentido mais completo do termo. Isso porque, para os havaianos, a família tem um significado mais amplo do que apenas as pessoas unidas aos laços sanguíneos. O termo estende-se a todas as pessoas unidas pelo afeto, pela amizade, cooperação e convívio. É uma palavra que faz parte da cultura havaiana. Ela écomumente usadaentre os habitantes das ilhas. Há uma frase que ficou bastante conhecida a partir do desenho animado da Disney"Lilo & Stitch". A mesma é dita por Lilo, sua protagonista, ao Stitch, um pequeno extraterrestre azul. Na frase, Lilo explica o significado dos laços afetivos que unem as pessoas independentemente da relação de sangue: “Ohana significa família e família quer dizer aquela que nunca nos esquece ou nos abandona.”. Escolha da mãe, ela não podia fazer mais jus ao nome, sendo apegada à família de todas as formas possíveis; nasceu no trigésimo dia de Janeiro, sendo assim, está no signo deAquário; Ainda possuidezessete anos, estando para completar dezoito ainda esse mês. Acabou de chegar no 'novo mundo', por isso ainda não possui ofício ou profissãoporém o futuro guarda muitas surpresas para ela e sua voz; Havaiana, nasceu na remota e isolada ilha de Ni'ihau, onde pouquíssimas pessoas de fora tem acesso e também é difícil a saída; do sexo feminino e heterossexual, interessando-se apenas pelo sexo oposto.
De vista ela já parece ter algo… diferente. Tem um ar de quem não é daqui. A pele é mais amarronzada, os olhos com as pontas levemente - quase imperceptíveis - puxadas e os lábios mais cheios: carnudos. O cabelo é longo, ondulado e negro, sempre adornado com uma florzinha pendurada na orelha, com seus tons coloridos e chamativos em contraste com o escuro dos fios, que contornam um rosto de bochechas mais cheias, dando a impressão de ser fofo e macio. Os olhos são castanhos e grandiosos, possuindo no conjunto sobrancelhas agitadas e expressivas, tendo Ohana uma capacidade em movê-las de infinitas formas para demonstrar seus sentimentos. Por um bom tempo esse foi seu recurso quando a fala foi insuficiente, por isso é quase especialista nisso. De corpo? De longe dos mais magros, mas ainda assim com proporções belas e torneadas, Com seios e coxas um pouco mais fartas. É pequena, mais ou menos, medindo 1,60m de altura está um pouquinho abaixo da média. Mas, ainda assim, comparada aos amigos com idade próxima é pequena sim. E, tendo uma aparência e aura gentis, engana-se quem pensa que seus músculos não trabalham. Não são dos mais definidos ou aparentes, mas ainda assim têm potência. E isso apenas de viver no meio da mata e da praia, subindo em coqueiros e cuidando das culturas da família. Outro fator chamativo são duas cicatrizes, localizadas na palma da mão esquerda e no antebraço direito. Não são grandes nem feias, mas definitivamente nada comuns. Ohana não fala muito sobre elas, apenas que se acidentou na ilha. O que não é mentira, só não comenta além disso.
Na sua tribo, como em boa parte das tribos mais antigas, tatuagens eram utilizadas para demonstrar status social, ou contar histórias da vida e da personalidade das pessoas que a utilizam. Tatuagens nos braços são reservadas aos homens, mas como ela é a única filha de seus pais permitiu-se uma exceção; afinal, fazia parte da 'família real' da ilha, neta do chefe da tribo. São desenhos geométricos que demonstram quem ela é, e por ser nova ainda teriam de ser complementados com o tempo. Uma delas fica no braço direito e a outra na panturrilha esquerda, ambas envolvendo o braço ou a perna por completo.PP: Auli'i Cravalho
- I'm a painting canvas:
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No momento Ohana convive apenas com o lado Hampshire da família, sendo em casa apenas ela e seu pai Harry até chegarem a casa de sua avó, onde também reside seu tio. Comentando primeiramente como era a família no Havaí, vivia junto de seus pais, tios e sobrinhos na mesma casa, e com os avós e bisavós nas casas ao lado. Era uma vila pequena, com pouquíssimos habitantes e quase nenhum contato com o mundo exterior. Sua mãe era nativa havaiana, e seu pai natural de Forks. Harry morou na ilha de Ni’ihau por muitos anos, e julgou que ficaria por ali até o fim dos seus dias. Acontece que conflitos e atritos, além da perda da esposa fizeram com que decidisse ir para os Estados Unidos junto da filha, e praticamente acabaram de chegar em Forks, cidade natal de Harry. Mesmo no Havaí, Ohana não conhecia muitos da sua idade, e tinha poucos amigos que não fossem muito mais velhos para brincar. Tampouco tinha irmãos. E isso criou um laço muito forte com os pais, o que a destruiu quando a mãe se foi, e se intensificou com o pai quando veio para cá.Desde pequena Ohana foi mais criativa do que ativa. O que isso quer dizer? Ela sempre inventava moda: uma nova brincadeira, novos passos de hula ou novos desenhos para o artesanato. Claro que não havia tantas pessoas assim para acatar suas ideias, por isso quase sempre acabava colocando-as em prática sozinha. Ou com a mãe. Fato é que não reclamava disso. Pelo contrário: já achava que tinha muito. Passava muito tempo em casa com a mãe, mudando o que podia da decoração ou ajudando na cozinha, sempre com uma música saída da própria garganta para acompanhar. Outro fato: Ohana adora cantar. E fazer música, e dançar ao som de música. Em Ni’ihau não tinha tantos recursos além dos instrumentos artesanais e a própria voz, mas se virava com o que tinha. Não conhecia outra realidade, afinal!
Somada a essa criatividade, para que todos os seus projetos dessem certo, a paciência era um fator tão forte para Ohana que chegava a inspirar. Desenvolveu uma calma e pacifismo impressionantes, e nem mesmo a fase mais conturbada da puberdade abalou essa calmaria. Faz trançados de fibra, monta ukuleles e cozinha com também um nível incrível de concentração. É determinada, e não gosta de deixar as coisas pela metade. Mesmo que não goste no processo, vai até o fim com o que se se propôs a fazer, e alguns lhe atribuem a teimosa para essa característica. E não só com isso, Ohana é teimosa também com outros segmentos. Com seus princípios, suas ideias. Defende suas convicções até o fim, ou até se der conta que está errada. Aí ela pode pedir desculpa. Com uma carinha emburrada. Que chega a ser adorável. O que é outra característica notável: a doçura e a gentileza. Mesmo tendo passado por muita coisa considerada ruim, Ohana não deixou de lado os sorrisos constantes, palavras e gestos positivos. É teimosa com os princípios, certo?
Além disso acabou ficando muito curiosa desde que se mudou para o continente. Na sua pequena ilha não existiam carros, estradas, televisão, celulares. E, do nada, acabou entrando num mundo onde tudo isso era real e possível, praticamente entrando em desespero com tantas possibilidades. Além da língua inglesa, no qual teve tão pouco contato ao longo da vida. Sua sorte? Teve ajuda para se adaptar, e tem até hoje. Dos pouquíssimos amigos que fez aqui, é para eles que recorre quando em dúvida sobre alguma coisa, e são quem recorrem a ela quando precisam de algum conselho. Não tem vergonha de perguntar suas dúvidas, e de parecer criança quando não entende, assim como não tem medo de errar. É, literalmente, realmente, uma criança em aprendizado nessas questões, mas uma anciã nos assuntos certos.
É difícil vê-la nervosa, irritada. Mas não é impossível. Ela só não controla o que diz quando brava, o que já lhe traz arrependimentos quase todas as vezes, podendo falar demais ou falar besteira que ofenda as pessoas que ama. Mas, ainda assim, é uma pessoa que segue fielmente o espírito do Aloha, e se estressar já não é uma prioridade. Com seus medos se torna totalmente dependente das outras pessoas, não sabendo lidar direito com eles. Um defeito no qual ela ainda procura trabalhar, não obtendo muito sucesso desde que começou.“Uma vila”
Harry Hampshire era um nome famoso no estado de Nova Iorque nos anos 80, conhecido por realizar escaladas e peripécias que pessoas julgavam impossíveis ou inumanas. Não havia desafio que ele não aceitasse, e majestosamente cumprisse. Além de escalar as mais perigosas montanhas, também saltava delas, numa queda livre para pousar ao chão. O último desses desafios foi escalar as montanhas do estado do Havaí, todas elas.
A última ilha era um pedaço de terra muito pequeno, logo ao lado de Kauai, chamada de Ni’ihau. A ilha não tinha tantas montanhas que fossem muito altas, mas tinha sim seus desafios. Depois de muita pesquisa sobre ‘a ilha proibida’, o jeito foi pedir aos proprietários permissão para entrar nos domínios da área particular. Os Robinson aceitaram a ideia com certo receio, mas acabaram acatando ao pedido.
E lá ele foi, pousando o helicóptero no solo árido na menor das ilhas havaianas. Procurou os desafios de altitude, venceu-os, e os documentou. Tudo iria para a América na mesma semana, na televisão. A equipe só não esperava ser surpreendida por uma tempestade de verão, derrubando o veículo deixando a maior parte da equipe de três pessoas morta. O piloto e o câmera faleceram, e Harry ficou apenas desacordado.
O barulho chamou a atenção dos moradores que estavam perto, e assim que o dia raiou foram verificar o que se tratava. Encontraram os três homens, e se espantaram quando viram um deles ainda apresentar sinais vitais. Levaram-no para a vila, cuidaram de seus ferimentos e lhe deram hospedagem e comida até que se recuperasse, e voltasse para casa, depois de enterrar os outros rapazes.
A verdade era que Harry não queria voltar pra casa. Convivendo com os moradores do vilarejo percebeu as simplicidades da vida, como nada daquelas possessões materiais fazia sentido, e como era melhor a convivência humana. Se apaixonou pela ilha, pela vida nela, e se apaixonou também por Mahina, filha mais nova do chefe da tribo. Aprendeu o idioma, aprendeu os ofícios, e se adaptou muito bem lá. O casamento foi árduo de se conseguir, mas ao provar seu valor para a vila, Harry e Mahina foram prometidos e casaram, não demorando a nascer a primeira e única filha.“Os conflitos”
O casal ia muito bem, obrigado. As únicas dificuldades no casamento diziam respeito à criação da filha, principalmente. Harry era estrangeiro, Mahina era local. Harry queria ensinar-lhe o inglês, Mahina dizia que ela não precisaria. Harry não aceitava certas tradições, Mahina já pensava em prometer a mão da filha no futuro. Por interesses comerciais. Mas, na verdade, era a pequena aparecer na sala que os dois esqueciam todas essas diferenças, coisa que foi deixando esses tópicos de lado. Não pareciam importantes, na verdade. Ensinaram-lhe o que todas as crianças aprendiam na ilha: recolher as conchas do mar no inverno, a montar os lei com as conchas, a cozinha local e tantos outros ofícios.
Ohana aprendia rápido, já que era muito dos trabalhos manuais. Comunicava-se muito bem, e adorava altitudes, assim como o pai. De vez em quando ia aos picos onde o mar quebrava e observava a imensidão azul que se estendia para além de onde os olhos alcançam. Era o seu espaço para ficar sozinha e pensar, ou apenas não fazer nada. Meditar também era uma boa pedida. Pedia a Namaka pelas bênçãos ao próximo dia, e a Pele agradecia pela força, e pelo fogo que os aquecia. A vida era boa, parecia boa.“O pretendente”
Ohana não tinha muitos amigos e se concentrava mais em trabalhar no que gostava, por isso estranhou quando Mansur se aproximou dela, tentando ser seu amigo. Ela devia estar próxima dos doze anos, e tinha certa dificuldade em entender ou agir de acordo com uma amizade. Mansur era razoavelmente mais velho, já com catorze anos, mas parecia sincero. Semanas se passaram e eles devidamente construíram uma amizade. Ohana era bastante sociável, entenda, e ao ter o primeiro amigo de verdade e sólido não perdeu a oportunidade. Isso fez bem para a menina, que acreditava ter sido uma decisão espontânea. Conversavam sobre muita coisa: os materiais que a ilha produzia, como devia ser o mundo lá fora, piadas sobre os Robinson que apareciam ali toda semana para inspeção da vila.
Só que quando completou treze anos lhe foi informado pela mãe que Mansur era basicamente para ser seu futuro esposo, quando atingisse a maioridade. Nem mesmo o pai sabia dessa decisão, e ficou irritado. Ohana, por sua vez, ficou confusa e surpresa. Não era uma aproximação amigável? Apenas de interesse? E como assim esposo? Não o queria como marido, eram amigos! Certo?
Ouviu os pais discutirem esse assunto por dois dias, sem nem ter espaço para pensar direito, ou dizer sua opinião. Pela primeira vez se sentiu sufocada em casa, e correu ao pico da praia para fugir daquilo por um momento. O tal Mansur apareceu do seu lado, e já sabia que a novidade foi contada. Dizia ser um alívio enfim ela saber do futuro que teriam, e que não via a hora da hora chegar. O que ele não esperava era ser rejeitado pela garota, que se desculpou mil vezes a ele, mas que não era isso que queria para si. Que conversaria com a mãe e tudo mais.
Mansur mudou da água pro vinho com aquele discurso. O rosto mudou, a atitude mudou. Para alguém na beira de um penhasco que dava diretamente no mar, recuar assustada de alguém não parece algo muito seguro. Dizia coisas sobre ele ser a pessoa certa para ela, e que nada mudaria isso. Que fazia isso por pena, já que ela não conseguiria melhor. Ohana tentava se concentrar em não cair, mas todas aquelas sentenças lhe tiraram o foco e escorregou na beirada. Segurou-se num galho precário, onde machucou as mãos e braços. Chorou por horas até ser ouvida e resgatada.“A mentirosa”
Ohana foi resgatada e nem sabia de onde arrumou força pra se segurar por tanto tempo, e de onde vinha fôlego e voz para gritar por socorro. Seus músculos estavam dormentes, e não os sentia direito. Havia um forte rastro das lágrimas no rosto e a garganta arranhava. Em casa os pais foram só preocupação e tentativas de se recompor. Já era noite, e diversas vezes lhe perguntaram o que fazia tão perto da beirada do penhasco. Contou toda a história, que Mansur apareceu, que ficou agressivo, que lhe fez recuar até cair. Chorou novamente, sentindo calafrios e arrepios só de lembrar. O que a família fez? O que seus tios e avós comentaram após contar?
Desacreditaram.
Alegavam ter inventado essa história para que ainda lhe fossem permitidas idas ao pico da praia, que não fosse proibida de ir até lá. Para que o noivado com Mansur fosse desfeito. Para que fizessem desgraça com o nome da família do rapaz. Diziam conhecer o garoto desde sempre, e ele não faria algo naquele nível. No outro dia a vila toda ficou sabendo da história, e a vila inteira foi de acordo com a defesa de Mansur. Por meses Ohana foi julgada e taxada de mentirosa. Os pais foram os que menos apreciavam essa história, mas sua mãe ainda parecia tentar arrancar a versão real dos fatos. Harry lhe dava total credibilidade.
Mansur tentava se aproximar novamente, da mesma forma com que tinha feito anos atrás. A diferença é que Ohana não lhe deu mais brechas. E nem a ninguém. Mesmo assim, ele ainda tentou. Era persistente, e ela sempre temia que fosse perder as estribeiras. Por isso tratava de estar sempre onde outra pessoa pudesse vê-la. Por isso, nunca mais visitou o pico da praia, seu lugar preferido na ilha.“O Fogo”
O plano de Mansur era simples: simular uma situação de perigo para Ohana, chegar e salvá-la. Assim atrair sua atenção e novamente seu apreço. Não parecia difícil, ainda mais com ajuda de um amigo. Só o fator perigo escolhido não pareceu seguir ao seu favor, já que o fogo é instável e Pele não se agrada por qualquer um que faz uso dele. O que era pra ser uma simulação de incêndio saiu do controle, colocando todos na casa em grave perigo enquanto dormiam. Ohana foi a primeira a acordar com a fumaça, seguida de seus pais; os três correram pelos cômodos da casa, acordando os tios e primos, para que saíssem logo dali. Mansur apareceu com a pose heroica no qual havia planejado, mas tudo o que Ohana não sentia era segurança; na verdade, tinha um pressentimento que aquilo não podia ser bom. Mesmo assim, não teve muito tempo para pensar a não ser tirar a família de dentro de casa antes que tudo fosse tomado.
Mahina era muito apegada à sua cultura, e tentou salvar algum amuleto, alguma figura, qualquer coisa. Harry procurou impedir, e tentou entrar na casa novamente para tirar a mulher dali. Tudo em vão. A casa foi tomada e desabou, e por pouco Ohana não ficou órfã dos dois pais. Porém, Harry conseguiu escapar, e nem sinal de Mahina para fora.“O Novo Mundo”
Harry não aceitou aquela situação de forma nenhuma, e seu luto pela mulher morta era contemplado com ódio, raiva e desilusão. A filha compartilhou consigo o medo de ter sido Mansur o responsável pelo incêndio, e ele não viveria num mundo onde teria de conviver todos os dias vendo sua filha apavorada na própria casa. Não, não, não, inaceitável. E Mahina não podia lhe impedir de sair da ilha, mais. Numa noite foi até os escombros da casa e procurou pela caixa metálica onde guardava seus pertences da vida antiga, inclusive algum dinheiro. Recolheu a filha e o que podiam carregar, e saíram com os cavalos em busca da primeira balsa para Kauai.
Lá já houve o primeiro choque. Harry abandonou os anos 80 e passou direto pelos 90, e Ohana não viveu nenhum daqueles. Kauai não é a maior ilha do Havaí, mas já apresentava um sinal de evolução bem maior que Ni’ihau. Passaram batido pela civilização, perderam-se, aventuraram-se e enfim conseguiram passagem para o continente. A família Hampshire ainda morava no mesmo lugar, na cidade de Forks, e Harry esperava conseguir auxílio dos pais quando chegasse lá para ao menos conseguirem começar a vida.GOSTOS:
Adora música
Flores e conchas sempre são bem-vidas na sua casa e no quarto, de decoração
O mar e todos os seus aspectos: o som; a temperatura; a cor; os movimentos… são todos muito terapêuticos
Gosta de trabalhos manuais: sua decoração é quase toda feita por si mesma
Além de adorar música, também adora dança
Gosta muito de lugares altos, mesmo depois do incidente. A verdade é que consegue meditar quando encarando a paisagem logo abaixo
Uma pessoa que gosta muito de contato físico, sendo estes muito significativos para si quando sinceros
A fruta mais produzida e consumida no Havaí é o abacaxi, por isso é a sua preferida
Também adora animais, inclusive dos mais exóticos.DESGOSTOS:
Se sente desconfortável quando parecem falar de si sem sua presença. Mesmo que seja bom. As experiências com isso não são boas.
Quando acham chato ou entediante que fale um pouco da sua terra, e principalmente, quando não deixam isso claro. Manter a pose de desinteresse só vai deixá-la mais irritada
Não gosta nada de mentiras e omissões, mesmo que pratique uma - a do pseudo-noivo. Não acha que precisaria contar disso nessa vida nova.
Que tirem sua sensação de liberdade de qualquer forma. Seja fisicamente, verbalmente, psicologicamente: não gosta nem um pouco de ser encurralada ou presa.
Que sejam maldosos com seres mais ‘indefesos’, como crianças animais e/ou idosos. Pessoas que fazem isso não têm coração…
Adora música, mas não gosta dessas onde não há uma letra. Como ela vai cantar junto assim?MEDOS: Por enquanto ela tem medo de quase tudo. De um interruptor, um celular, um carro ou um ônibus. Corrigindo, ela se assusta com quase tudo. Seus maiores medos da nova tecnologia são, entretanto, ônibus e lâmpadas. E também há o fator de que Mansur pode vir atrás dela, obcecado do jeito que se mostrou. Acha improvável que ele consiga sair da ilha, ou que lhe encontre num mundo tão diverso e grande: mas ainda assim seu subconsciente deixa uma dúvida plantada.
CURIOSIDADES:
Toca ukulele, e o seu foi feito por si mesma.
Continua meditando todo fim de tarde, igual fazia em Ni’ihau. Não no pico da praia, mas ainda assim num ponto alto onde consegue ir.
Acha improvável, mas no fundo no fundo tem medo que Mansur resolva lhe procurar. E que encontre.
Além da flor na orelha, é possível identificar o Havaí nas lei que usa. Uma delas foi sua mãe que fez quando era criança, e a outra foi feita por si mesma.
- Spoiler:
Re: Dark Society
Seg Ago 31, 2020 7:04 pm
The Exiled
CLARA ALICE é o nome composto dado à filha primogênita de Ashley Carter. O nome tem origem do latim Clarus, a partir do adjetivoclara, e significa ‘brilhante, ilustre’. Tem sido utilizado como um nome inglês desde a Idade Média, inicialmente na forma Clare, embora Clara tenha se tornado mais popular no século XIX. O nome Alice tem origem nas versões francesas Adaliz, Alesia, Aliz, e significa ‘de qualidade nobre’, ‘de linhagem nobre’. O nome foi popularizado por volta do século XII na França e na Inglaterra, principalmente por influência dosromances da época, através das variantes latinizadas Alesia e Alicia. Os pais passaram um bom tempo ponderando o nome, e como não houve decisão, decidiram por um segundo nome também; Nascida no décimo quinto dia de maio, estando no signo de Touro; possui dezenove anos, tendo passado por alguns empregos em pequenas lojas, não durando muito em nenhuma delas. Porém, sua paixão maior é a arte e ilustração, apesar de ser insegura e humilde demais para tal; Estadunidense, nascida e criada em Forks sequer saía de casa até alguns meses atrás, quando começou a se aventurar; é do sexo feminino, e é heterossexual, portanto só se interessa pelo sexo oposto.
Clara é uma garota excepcionalmente... sim, normal. Garota não. Se fez mulher e se prova mulher madura.
Erm... quase. Seus 1,58m de altura mostram toda sua firmeza e convicção, refletidas pelo cabelo curto e amarronzado. Não só isso, os olhos tudo podem perceber, com seus surtos de distração. Castanhos como... como... uma noz, talvez? Nesse mesmo tom. Quantas expressões diferentes podem assumir tal rosto? Que pode dar falsa impressão de uma personalidade infantil, quem sabe marrenta? Mas que só tem a surpreender. E, ainda, um sorriso de deixar o maior vilão mais aliviado com a vida de trazê-lo. Apesar da pouca desenvoltura, e ainda não tão fartas curvas, Clara consegue compensar-se com a própria forma de ser, deixando de lado superficialidades efêmeras.PP: Jenna-Louise Coleman
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Clara nasceu, em parte, sendo muito desejada. Tudo para depois não ser mais tão desejada assim. Foi uma mistura de interesses e falta deles, que resultaram num parto tranquilo e rápido num dia quente de verão. O choro foi forte, porém durou pouco tempo, e os os olhos se tornavam desconfiados e atentos já nos primeiros minutos de vida. Seu pai estava presente no dia, e essa foi uma das coisas que se sabe de sua presença na vida da criança.
Sua mãe é Ashley Carter, quem desde nova sonha e almeja a vida boa dos mais abastados sem muita dificuldade. A primeira alternativa foi encontrar um marido rico, o que deu certo logo de cara. Trabalhava num restaurante como garçonete, e acabou fisgando um empresário estrangeiro carente e muito bem sucedido, Peter. Era um homem bondoso e generoso, que se viu apaixonado por Ashley, e logo se casaram. Ashley logo engravidou, e Peter não podia estar mais feliz com a primeira filha. Só que a descoberta de um amante por parte da esposa, além de descobertas as motivações do matrimônio fizeram o homem de coração partido tanto desmantelar a relação quanto duvidar da paternidade da menina. Se já não fosse estressante o suficiente, só piorou quando a informação vazou na mídia. Peter é o pai biológico de Clara, e por vezes lhe visitava, tendo sumido pelo mundo um tempo depois. Ashley perdeu todos os bens e investiu seus últimos números num bilhete de loteria, que por muita sorte acabou sendo premiado sozinho. Ganhou uma bolada, e colocou parte desse dinheiro em bitcoins depois de ler um anúncio na internet. Tendo mais sorte que juízo, o investimento deu mais do que certo, e hoje as duas vivem extremamente bem sem muito esforço. Ashley também é hipocondríaca e paranoica, refletindo e descontando essas ansiedades na filha desde que esta era muito pequena.Clara é uma pessoa extremamente marcante, e é uma pena que tenha ficado confinada por tanto tempo. De primeiras impressões o que fica é certa infantilidade e agitação. É uma menina que não para quieta, e nunca consegue ficar totalmente estável: - às vezes nem dormindo - sempre tem que estar movimentando alguma parte do corpo. Pés, mãos, cabeça, dedos, ou até fazendo algum som com a boca. Há aqueles que se incomodam com essa ânsia de gastar toda essa energia que parece nunca acabar. E também ela se distrai muito fácil: pode estar falando de doces, e do nada dar um estalo e pensar em abelhas, podendo até voltar para o assunto dos doces novamente sem nem perceber. E fala muito e fala muito rápido, exigindo certa atenção e dedicação do ouvinte se quiser saber tudo o que se passa na cabeça dela. Boa sorte, eu desejo.
Mas àqueles que dedicam sua atenção a ouvir e prestar atenção, notará que ela é uma garota muito inteligente, com conhecimento abundante pra oferecer, mesmo que em áreas específicas de seu interesse. Ela sabe muito, e tem muito que gostaria de dizer e oferecer pro mundo. Não são todos que desejam ouvir, e ela está sempre a procura dos interessados. Além disso, tem um modo de agir cativante e animado, tudo o que poderia facilitar fazer amigos aos montes, mas as circunstâncias não lhe foram boas durante a infância e puberdade para que conseguisse. É uma menina bondosa, altruísta e carinhosa, com um coração gigantesco e livre de pré e preconceitos. Os animais que encontra recebem nome e carinho, sendo cuidados ou libertados com segurança; os desenhos são perfeccionistas e levados mais do que a sério.
Fora isso, há problemas que dificultam a socialização. Por exemplo, ela é muito inocente e ingênua. Conviveu pouco com ironias ou sarcasmo, por isso quase nunca compreende frases com outras intenções. Não vê maldade nas pessoas para grande parte das situações, mesmo que seja exagerada quando desconfiada. Tem gestos e ações infantis e adoráveis, raramente levados a sério. E, ainda, sofre com reações de abstinência quando esquece de tomar seus remédios, já que há relação de dependência por culpa da mãe. Ela se transforma, com comportamento abrupto e complicado, agressividade impulsiva e gratuita, além de crises de choro incontroláveis.
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade:
Popularmente conhecido por TDAH, é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e que não param quietas por muito tempo.Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória - são muito esquecidos. São inquietos, parece que só relaxam dormindo; vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos.
Por não ser considerada uma doença e sim um transtorno, o Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade não tem cura, apenas tratamento. Este tratamento é possível através de ajudas como psicólogos. Os psicoestimulantes são o padrão-ouro no tratamento do TDAH até os dias atuais. Eles apresentam um alto poder de eficácia e melhoram o funcionamento das áreas cerebrais responsáveis pelos sintomas do transtorno.Após o casamento apressado entre Ashley e Peter, a moça foi imediatamente de mudança para a nova mansão O'Hale, assim que findada a lua de mel. Comprada sem muito esforço nem demora. A mais esperançosa e ansiosa em enfim ter a vida de pompa e luxo que tanto dizia merecer. E claro, a vida de casal feliz durou por algum tempo, até que Ashley engravidasse e tivesse sua primeira filha: quem já de primeira atraiu o amor e os encantos de seu genitor. Peter ficou encantado ao ponto de quase não querer se desgrudar da criança, e por um tempo deixou que ficasse sentada na sua cadeira alta dentro do escritório, enquanto ele trabalhava. Por vezes brincava com ela, ou conversava, mesmo que só recebesse burburinhos e sons incompreensíveis de um bebê.
Com o crescimento de Clara, Ashley começou a sentir que o marido não lhe dava mais tanta atenção. Parecia ou muito interessado no trabalho ou na filha, e distante de si. Com receio e certa paranoia de que perderia o casamento - e a vida boa - Ashley decide prover mais um filho à família, mas isso seria complicado sendo poucas as noites investidas. Sendo assim, Ashley quebrou os votos de matrimônio, seduzindo e tomando como amante um dos empregados da casa. Ainda falhando em engravidar, os dois foram pegos e houve desconfiança de que houve traição antes de se casarem. E, até mesmo duvidou se Clara fosse sua filha de verdade. Nisso se tornou mais distante, mais seco e amargurado. Não voltou atrás em nenhum momento ao anunciar a decisão de se divorciarem, e ainda pediu um exame de DNA para Clara. E ainda que a paternidade tenha sido comprovada, não voltou ao tratamento de antes. Descontou na criança os erros da mãe, e pode apostar que ela sentiu muito mais.
Ashley voltou para a casa da mãe, sem emprego, sem ensino superior e com uma criança para criar. E enquanto tudo isso acontecia, a menina ia à escola nos seus primeiros anos. E nem ali a vida seria mais fácil. Os professores reclamavam que ela falava demais, não ficava quieta na cadeira ou que desenhava muito. Os outros alunos lhe taxavam de esquisita, e ridicularizavam seus atos estabanados. Queixas constantes, chamadas da mãe à diretoria, além da eterna depressão que os próprios colegas faziam ela sentir ao zombar de sua personalidade fizeram a mãe tomar algumas decisões. Assim que a sorte grande lhe sorriu e conseguiram novamente muito dinheiro, Clara começou a estudar em casa, além de não sair mais de lá e também começaram a correr atrás de descobrir o que era o problema. Tinha cinco anos quando foi tirada da escola e apresentada a um tutor particular, além de diagnosticada com TDAH, rara entre as meninas. Este tutor era como seu segundo pai, já que o primeiro fazia ainda algumas visitas periódicas - mesmo que fosse estranho e esquisito, o clima. Era sábio e paciente com seu problema de concentração e memória, fazendo com que ela gostasse dele em muito pouco tempo. Foi ele quem lhe aflorou o gosto pela biologia dos insetos, e incentivava a continuação desse estudo. Quando o pai sumiu pelo mundo, sem aparecer mais para si ou na cidade, consolou seu coração amargurado de criança, mas quando ele mesmo se mudou sem avisar não havia quem lhe ajudasse. Era um de seus únicos contatos com o mundo exterior - além do hospital, quando se sentia mesmo minimamente doente - e um contato que apreciava e muito. A segunda tutora era má, rude e impaciente, também agressiva. Odiava grilos e sempre gritava quando a menina pedia para não matá-los, e ao menos colocá-los para fora. Repudiava arte, e rasgou vários de seus desenhos feitos na aula. Havia regras demais, e sempre recebia uma punição física ao responder ou retrucar, sair do assunto, perguntar demais ou chorar. Coisas que aconteciam bastante.
Certo dia resolveu fugir. Não fugir, fugir e não voltar. Apenas sair correndo por aí, descobrir um pouco da cidade. Chamou Rose para ir consigo, se pudesse, e a encontrasse na praia. Problema que não conseguiu esperar a amiga chegar e já foi indo para o mar. E foi indo, e indo, e indo, até não conseguir mais voltar. Foi puxada e empurrada por ondas, rolou e boiou por um bom tempo e teve de ser reanimada na areia mesmo. Desmaiou e só acordou novamente num quarto de hospital. Desde então nunca mais contestou sua mãe, mantendo-se dentro de casa ainda que sonhasse com o mundo lá de fora. Até alguns meses atrás, quando ao completar dezenove anos resolveu que já era hora de se desprender desses receios e matar sua curiosidade de vez.GOSTOS:
Arte
Insetos
Dias ensolarados
Natureza
Lápis de cor
Cor Violeta
Cultura dos anos 80/90DESGOSTOS:
Comidas amargas
Violência
Estar de cabelo comprido
Ficar isolada de novo
Seus rompantes de esquecimento / perda de memóriaMEDOS:
Possui o medo extremo de mar, lagos e piscinas, além de superfícies fundas e cheias de água, sentido tanto pavor de situações que envolvam esses elementos, como raiva de apenas mencioná-los. Procura sempre manter distância disso, e os apelidou carinhosamente de 'máquinas instantâneas de matar'. Como consequência disso, não sabe nadar.
Re: Dark Society
Seg Ago 31, 2020 7:05 pm
The Foreigner
À primogênita e filha única de Chaaya Hakeem é dado o nome de SHANTI, que vem do Hinduísmo e significa paz. Shanti é uma palavra que denota paz, tranquilidade, cessação. É derivada da raizsam, que significa "estar calmo, cessar, estar contente". Quando entoado por três vezes, acrescentando uma sílaba "hi" ao final (Shanti, shanti, shantihi), o mantra passa do sentido de paz interior para o sentido da paz em sua forma mais abrangente, paz no sentidouniversal. Shanti Shanti Shanti significa "a paz que ultrapassa o entendimento". Chaaya escolheu o nome sozinha, devido ao momento que passava na vida e simbolizando na filha uma esperança de vida nova; Nascida no trigésimo primeiro dia de Dezembro, na noite de ano novo, está colocada no signo de Capricórnio; Está com seus vinte e um anos recém-completados, e atualmente é estudante de Psicologia e barista no café Hakeem; Indiana, porém mudou-se para Forks junto da mãe e do avô quando ainda era muito pequena, então pouco sabe de lá além do que seus familiares contam; é do sexo feminino e é bissexual, portanto atrai-se tanto pelo sexo oposto quanto o próprio.
Shanti tem altura média, um pouco abaixo dos 1,70m e é completamente notável no país que cresceu. O cabelo não é liso, a pele não é clara, os olhos não são puxados. Na verdade, o cabelo é bem ondulado num tom castanho amêndoa, a pele segue a mesma linha do amarronzado, num tom não muito escuro tampouco chegando no amarelo, e os olhos são bem abertos e também castanhos. É praticamente uma paleta de cores de tons amadeirados, que se adornam e se completam com suavidade e sintonia. O corpo não tem extravagâncias, nem chama tanta atenção assim. É magra, com poucos enchimentos e proporções voluptuosas, mas ainda assim uma graça. O sorriso é recorrente e completo: expressando toda calmaria e sinceridade em desejar bem a alguém, onde os olhos e o corpo participam dessa melodia. Não é de usar maquiagens, ou de se enfeitar demais. Na verdade, usa muito o cabelo amarrado de forma desajeitada e geralmente de tamanho maior, ou então o uniforme da loja da mãe.PP: Naomi Scott
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Nascida numa noite de ano novo, num dos únicos dias de relativa paz nos conflitos tanto familiares quanto políticos do país, não poderia receber outro nome senão 'paz'. Os invernos não são rigorosos na região da Índia onde nasceu, então o dia tinha sido ameno. Fogos estourariam nas horas seguintes pelo mundo inteiro, sinalizando a chegada de um novo ano.
Mãe e filha são como unha e carne, mais que amigas, almas conectadas por uma força sobrenatural que energia nenhuma quebra. Chaaya é o grande exemplo inabalável para a filha, e foi com quem sempre pôde contar para qualquer tipo de situação. O marco de sabedoria do sangue Hakeem, e com quem aprendeu tudo o que sabe. Engravidou bem cedo, então perdeu boa parte da vida boa de jovem adulta, e por isso a filha acaba a levando de acompanhante em muitas atividades que faz, tendo consigo uma mãe mais feliz, saudável e jovial. Não se sente envergonhada tampouco receosa de tê-la por perto, afinal "com um mulherão desse ninguém me segura". Seu pai já foi assim, esteve no mesmo pedestal. Aparecia pouco nos Estados Unidos, e sempre deixava a mãe tensa quando o fazia. Porém Shanti sempre admirava o pai, também. Viajava, contava as histórias da Tailândia, trazia presentes. Mas isso acabou, e hoje tudo o que consegue pensar do pai é indiferença. Não consegue odiá-lo, mas não o ama mais daquela forma por ter mentido para si, por ter prejudicado muitas pessoas, e por ter abandonado sua mãe.
O avô foi sua figura paterna principal. Raj é um homem ranzinza e antiquado, mas Shanti se incumbiu do trabalho de fazê-lo entender do mundo que muda constantemente. É junto dele que cuida de Pascal, - coisa que foi difícil de convencê-lo a aceitar, mas agora Raj o ama como se fosse um filho - e o ajuda a esquecer um pouco as muitas perdas do passado. A verdade é que por trás de toda aquela carranca raivosa e intolerante existe muita dor por todas aquelas perdas. Shanti entende aquilo, e procura todo dia compensar um pouco. Cuida dele quando necessário, aprende com ele e o ensina. É uma troca de sabedoria e experiências muito rica que tem com o avô."Namastê. Que a força esteja com você. Aloha. Ah... só fica legal. Vai tudo ficar bem."Shanti primeiramente e faz um completo jus ao nome que tem. É um poço de paz e tranquilidade à primeira vista, não precisando de mantras, tatuagens ou dizeres para que mantenha a calma em situações mais agitadas. E transmite essa paz a outras pessoas, seja com seu jeito manso de fala, seus gestos calmos ou sua postura altruísta e solidária, conseguindo acalentar os corações mais congelados ou acalmar os nervos mais hiperativos. Transmite uma energia muito boa e serena, e por isso muitas vezes pessoas gostam de ficar ao seu redor apenas por essa aura mágica e positiva que transmite. Shanti é quase um amuleto de onde se pode absorver paz facilmente.
Em contrapartida, ela não é de todo apenas sorrisos e calmaria. Se Shanti é conhecida pelo seu sossego, é conhecida também por sua sinceridade. Pediu um conselho? Terá um conselho. Deveria largar tudo? Deixar de ser frouxo? Acordar pra vida? Ela não tem medo de dizer isso bem na sua frente, faz questão de ser o choque de realidade quando alguém precisa de um; isso também faz bem, entende? Deixa bem claro quando acha algo esquisito ou bizarro e assustador, sendo bem expressiva e transparente quanto a isso e, mesmo sendo controverso, isso também acaba atraindo as pessoas para perto de si. Ela não se importa de parecer ser dura demais ou frígida demais, apenas gosta da verdade sendo dita. Fora que consegue agir também de forma agitada, e é uma jovem alegre. Não é um DVD de meditação.
É uma mulher que se contenta com pouco, que está feliz com as pequenas coisas da vida. Que segue a filosofia budista com todo fervor e credulidade. E que também não aceita enganações ou difamações. Não tem medo de enfrentar Quem lhe prejudique ou prejudique um ente querido, sendo boa com discussões. Uma caixinha de surpresas onde até o curso que estuda deixa as pessoas confusas, com uma série de respostas na ponta da língua pra qualquer situação. Também é emocional, chora com filmes tristonhos e situações de emoção. Adora os animais, ainda mais os exóticos, e junto do avô nutrem um amor enorme por Pascal, o camaleão, e pelo café em si. Além de que sua família é tudo para si.
Com seu probleminha de saúde ela é mais cautelosa: insegura. Talvez o único ponto em si o qual não seja tão confiante. Afinal, a dor é grande e suas mãos não ficam nada bonitas. Por isso quase sempre está de luvas, a não ser quando o dia esquenta bem, ou então carregando bolsinhas de calor nos bolsos e nos sapatos. Não fica exibindo por aí, e quem descobre é por puro acaso.Os primórdiosA família Hakim é antiga. Antiga, antiga, antiga. Não vamos voltar cinquenta anos, nem cem... voltaremos a mais ou menos... o ano de 600 d.C. Eram um grupo de professores e instrutores sem nome, que vagavam pela antiga Índia a seguir e transmitir os passos e ensinamentos de Sidarta Gautama de séculos atrás Índia adentro, encontrando-se por fim num dos centros de ensino de Mayahana, tornando-se dos mais importantes Nagarjuna, os mestres do saber budistas. Foram nomeados 'os sábios', recebendo um tão sonhado nome de família, tornando-se também um grande núcleo familiar de destaque na Índia; tradicionais, fieis, leais, e extremamente sábios. Sua gerações seguintes eram inclusive conhecidas por seu grandioso intelecto e esperteza desde pequenos, considerados das maiores castas indianas.
Porém tudo o que sobe desce, e foi em torno do séc XI que tudo começou a desandar. Depois de reviver e sobreviver à invasão dos hunos, vieram os hindus que destruíram os budistas de forma catastrófica, fragmentando e assassinando boa parte da família Hakim, que adotou uma nova grafia para sua própria proteção, escrevendo-se agora Hakeem. Às escondidas, praticavam seus ritos agora considerados proibidos na sua própria terra, viram seu centro de saber ser destruído e seus familiares mortos. E a situação não mudaria por longos séculos.
Gerações e gerações foram afetadas por essa proibição do budismo na Índia, e aos poucos foi se aceitando as múltiplas religiões, mesmo que ainda haja um enorme conflito entre os hindus, os muçulmanos e o budistas em um país tão grande. E é aí que começamos nossa história.Independência com fuga
Raj Hakeem viveu a independência da Índia, quando esta se viu enfim livre da Inglaterra após a segunda guerra mundial, e comemorou com os vizinhos estarem livres de seu colonialismo. Porém mal sabia o que viria a seguir. Sempre foi um homem tradicional, que seguia à risca tudo o que seu pai lhe ensinou, e que foi ensinado pelo pai dele e assim por diante. Todos os rituais, rezas e filosofias de sua amada religião, e que fazia questão de ensinar seus filhos: Dinesh e Radesh. Em meados de 1948 os hindus e islãs entram em conflito civil para decidir quem deveria tomar controle da Índia, onde nenhuma das duas partes parecia ceder e os budistas se encontravam em drástica minoria e em meio à linda de fogo. Muitos budistas remanescentes e sobreviventes das invasões hindus enfim fugiram, e Raj era um deles. Depois de muita resistência, em 1952 os Hakeem deixavam seu país. Os islãs anos depois juntaram-se no que seria conhecido como Paquistão, e os hindus dominaram a maioria do território e da população indiana.
Mudaram-se para a Tailândia e se estabeleceram por lá próximo do ano novo de 1953. Ao mesmo tempo que se disse criada a Frente Revolucionária Nacional - fronte de protestos contra o islã e o separatismo tailandês -, nos anos 60, a esposa de Raj havia engravidado novamente. A terceira menina nasceu numa época tensa, e cresceu num momento de atentados. A década de 70 não foi feliz com a Tailândia, tampouco com os Hakeem.
No final dos anos 80 Chaaya quem acabou engravidando nova demais, sofrendo de um aborto espontâneo meses depois. Isso e a gravidez em si deixaram a família com atritos, por ter engravidado antes do casamento, por ter se entregado antes do casamento, e Chaaya acreditava que o aborto tinha sido culpa da família, por ter enviado energias negativas demais. E tudo piorou quando engravidou novamente, já nos meados dos anos 90. Nesse meio tempo descobriu que seu namorado era na verdade um dos recrutados da Frente Revolucionária, e era constantemente procurado pelo governo, além do responsável pelas mortes de muita gente, incluídos alguns de seus parentes. Desiludida, decidiu que não ficaria mais na Tailândia. Não criaria seu filho em meio ao caos e à guerra. Voltaria à Índia, e procuraria construir uma vida digna por lá novamente.
Nisso Chaaya estava disposta a perdoar o pai, e assumir seus erros. Tinha já perdido sua mãe, não queria perder o pai. E assim ambos se perdoaram, colocaram os problemas para trás e correram a arrumar suas coisas para voltarem para casa, junto de Dinesh e Radesh. Enquanto iam ao aeroporto, Dinesh foi atingido por um dos atentados que ocorreria bem naquele dia, não sobrevivendo. Já Radesh se encontra desaparecido até hoje, nunca se teve sequer sinal de si.Nascida em meio aos grãos de café
Shanti nasceu no meio de um inverno horroroso, num dia 31 de Dezembro terrível: a primeira vez que a família indiana sentia tanto o frio daquela forma, no himalaia, o que afetou bastante a menina que, apesar do nome, não possuiu paz nos primeiros meses de vida. As contas estavam apertando, o café ainda lutava para fazer seu nome e eram agora em três na mesma casa, que era minúscula. Por mais que tivessem encontrado sossego no país de origem, não pareciam dar conta do próprio faturamento. E, para agravar a situação, Shanti era uma menina irrequieta. Chorava muito quando com frio, e podia-se ver as extremidades das mãos e dos pés perderem a cor facilmente.
A solução? Café.
Não exatamente café. Chaaya, sempre em desespero ao ver a filha naquele estado, não entendia como podia sentir tanto o frio, e ficar com os dedinhos tão assustadoramente coloridos e rígidos. Raj certo dia apoiou a neta deitada bem próxima da máquina de café, em cima do balcão. A menina aconchegou-se naquele espaço quentinho, protegida por camadas e camadas de tecidos e roupas, e parou de chorar, sentindo-se bem melhor por ali. Sendo assim Shanti já é figurinha carimbada do café dos Hakeem desde que se entende por gente, mesmo que tenham mudado de lugar.
Quando a menina tinha seus quase dois anos, o governo tailandês descobriu que Chaaya, Raj e Shanti seriam os mais próximos relacionados a Khalan, que era procurado internacionalmente. E foi assim que mais uma vez tiveram que sair de onde estavam, fugidos assustados da retaliação injusta que poderiam admitir, além de quererem proteger Shanti. Não foi fácil entrar nos Estados Unidos, mas como tinham as embaixadas indiana e tailandesa do seu lado, a família conseguiu se instalar na América. Por lá parecia que teriam um pouco de paz.A casa que mais conhece
No seu aniversário de três anos muita coisa mudaria. Sabia que naquele ano que viria começaria a frequentar a escola, e não podia estar mais animada. Mudariam de casa, e mal podia esperar para conhecer a nova onde morariam. E essa última ela não entendia muito bem ainda, mas o café ia muito bem. A loja era boa, o espaço aconchegante, e os produtos eram os mesmos e ainda assim diferenciados. Com um toque da Índia no paladar. No seu aniversário sempre haviam fogos, e sabe como é, sempre achava que o mundo inteiro comemorava mais um ano de vida seu que estava sendo completo.
Naquele mesmo ano fez sua primeira amiga na escola. A sala de aula não tinha tanta exposição solar, então mesmo em plena primavera Shanti via-se com problemas nas mãos, que pareciam estar sendo pressionadas com muita força. Incomodava, doía um pouquinho, mas nada que reclamasse. Quem reclamou, na verdade, foram outras meninas no intervalo. Procurava se enturmar, entrar em um grupo mesmo sendo tão diferente dos outros alunos. Nisso cutucou bem de leve o braço de uma das meninas, que lhe olhou com surpresa. — Que mãos frias você tem! — E a tomou para si, com uma feição de puro espanto. — Como é esquisita!
— Não é esquisito! — E, fechando o pacote, o inglês dela não era tão bom assim ainda, com um sotaque bem forte. Falava melhor o Hindi, só que aqui ninguém lhe entenderia. — Mamãe diz: 'mão fria, coração quente'. — Mesmo com o protesto calmo, a menina com suas amigas se levantaram e deixaram a indiana na maior desvantagem. Ela podia tentar continuar falando, mas não imaginou que seria efetivo. Elas não pareciam muito felizes.
— Ei, vão irritar porque ela segurou gelo um tempinho? — A terceira voz de outra menina mais atrás foi o primeiro gatilho de seu salvamento daquela situação. Falaram mais um pouco e saíram logo dali. Suzu logo se tornou sua grande - e única, por ora - amiga na escola. Foi quem lhe ajudou a aprimorar o idioma no vocabulário infantil e talvez apenas por causa dessa amiga que adaptou tão melhor à escola, sendo tão diferente.A primeira crise
No ano seguinte, quando já com 6 anos, sua amizade com Suzu continuava sólida e firme. Aos pouquinhos ia se misturando com as outras crianças, mesmo que ainda houvesse uma certa resistência por parte delas. Esse dia em específico era verão. Shanti levantou-se e andou normalmente até onde a amiga estava sentada quando sentiu as pernas falharem, indo diretamente ao chão. Fez muito esforço para levantar, mas o máximo que conseguiu foi erguer um pouco o joelho, que ainda a fez reclamar de dor - como se uma placa de toneladas tivesse caído em cima das suas pernas. Algumas crianças acreditaram no seu desespero e chamaram por ajuda, além da professora; já outras diziam ser encenação. A verdade é que não conseguir se mexer foi um tanto quanto desesperador, e sentia câimbras nos músculos que doíam e impediam suas pernas de se mexerem.
Sua mãe foi à escola aquele dia às pressas e foram ao hospital. Uma série de exames foi feita, e o resultado demorou dias para chegar, - e foram dias sem andar, sem poder correr ou fazer qualquer coisa do tipo - até chegar um resultado. Paralisia infantil. O diagnóstico errado só trouxe mais atrasos para Shanti, já que nada de muito ativo foi feito, e a dor continuava, causando problemas para dormir, e não evoluindo do jeito que a paralisia infantil evolui. Novos exames foram feitos, um outro médico fez a análise, e descobriu o que havia de errado. Dessa vez, foi feito o diagnóstico certo: Polimiosite. E assim teve de se correr para um tratamento, ou haveria consequências mais graves. A doença genética foi associada com a síndrome de Raynaud, que era o que lhe deixava vulnerável ao frio. A primeira era a causa da segunda, e ambas eram imprevisíveis.Parente de orgulho
Shanti já tinha cinco anos, e a crise com as pernas havia passado com os remédios que passou a tomar. Nesse dia brincava com blocos no café, empilhando vários de uma vez e ver quantos conseguia sem deixá-los cair. Um homem adentrou o estabelecimento pouco movimentado aquela hora, um homem que andou alguns passos, viu a menina e já ficou em profundo choque. Encarou a criança com pura nostalgia e tristeza, porém essa criança não entendia o que se passava. — Mamãe? — E ainda se assustou, chamando a atenção da mãe que já vinha atender o potencial cliente.
Quando viu quem era, seu rosto mudou. Tornou-se raivoso, nervoso, irritado. Com uma expressão de surpresa e desprezo juntas na mesma face. — O que faz aqui? — Já se conheciam? Shanti se perguntava. Verdade que não se parecia nem um pouco os japoneses que via na rua, e podia até dizer que os dois tinham alguma semelhança. Mas não pensou isso na hora.
— Vim ver o meu filho. Agora… filha.
— Não pode vê-la. Não pode estar aqui. Estragar tudo. Vá embora. — Havia olhando instintivamente para a filha no meio da frase, esta que percebeu o teor da conversa em que tinham. Levantou do chão e andou até onde estavam. Falavam de si? Provavelmente. O homem dizia vir ver sua filha, e sua mãe parecia conhecê-lo, então não parecia restar mais muitas dúvidas.
— É o papai? — Shanti mesmo pequenininha era boa em ligar os pontos dos fatos, e a pergunta deixou todos os dois desconcertados. Para completo desgosto de Chaaya, Shanti adorou Khalan. Ele comprou a menina com seu carisma, bom humor, histórias e até presentes. Pode ter gostado de ver a filha feliz, mas não podia desejar pai pior para ela.Primeiro ato maldoso
Na escola ainda comentavam o fato de ter as mãos frias, de anos atrás, e como ainda sempre usava as luvas dentro da sala de aula. Todo inverno era aquela complicação, e para piorar ainda mais a situação vinham os comentários maldosos. Shanti devia ter onze anos quando foi abordada do lado de fora, procurou se escapar da discussão, mas foi empurrada logo em cima de um monte de neve. Os pés deram um passo para trás, e as mãos foram intuitivas em tentar se proteger da queda, afundando-se na neve. O resultado foi instantâneo, e mesmo não vendo os dedos assumirem a cor esbranquiçada, ela sentiu o formigamento e a dor começarem. Em poucos segundos já não sentia as mãos e os pés, contanto que tentar andar para sair dali era inútil. Arrastou-se para fora do monte de neve, tremendo de forma frenética e até quase perdeu a consciência soterrada num monte de neve recolhida pela máquina de manhã, quando foi ajudada por Suzu e uma professora que atendeu o chamado. As mãos já estavam num tom violeta, e os pés da mesma forma. Estes foram mergulhados na água morna e massageados e em alguns minutos já estava melhor.A decepção
Avançaremos mais um pouco, quando Shanti já estava com seus quinze anos. A escola ia bem, conseguiu fazer mais amigos; o café ia bem, e conseguiam viver bem de forma tranquila e as visitas do seu pai também iam bem. Elas aconteciam em alguns períodos de tempo, sempre a contragosto da sua mãe. Nunca entendeu essa raiva toda que Chaaya tinha por Khalan, mesmo depois de tanto ter lhe ensinado sobre calma, paciência e perdão. O que ele tinha feito que tanto lhe magoava? E como boa pessoa transparente e cristalina, não levou devaneios até questionar.
— O que fazia na Tailândia? Tipo, pra ganhar dinheiro?
— É… eu fazia… reformas. É, reformava as casas que caíam quando haviam ataques. — De fundo podia-se ouvir o riso debochado da mãe. Não imaginou onde a filha queria chegar, tampouco onde acabaria chegando
— Que ótimo! Então pode nos ajudar lá em casa. Tem uma infiltração horrorosa, você deve entender disso né? — Parecia esperançosa e crente de que a história era real. Queria acreditar que era isso, e que sua vida toda com o pai não tivesse sido uma grande mentira. Foram até a casa, onde Khalan enrolou, enrolou, e pouco fez com a infiltração.
Assim que foi embora Shanti já tinha percebido que estava tudo errado, e Chaaya também percebeu que tudo estava distorcido. Quando questionada, contou tudo sobre o homem que na verdade era um rebelde tailandês, que era procurado pelo governo e que já havia causado aqueles atentados, e não consertado. Seu pai havia matado, destruído e mentido, coisas que trouxeram profundo choque e também desgosto para a filha que tinha. Também passou muito mal aquele dia, e sentiu novamente os músculos falharam e dormirem, sentindo também novamente o desespero da infância. Seus remédios tiveram a dose aumentada novamente, e quando já estava melhor, cortou o cabelo e pediu iluminação à Buda. Não aceitaria mais o pai como pai, tampouco suas opiniões, falsas histórias e objetos pessoais. Livrou-se daquilo que lhe trazia memórias dele - o cabelo ser comprido era um deles - e renegou por completo o homem.
Gostos:
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Pessoas com mãos quentes
Cheiro de incenso
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Ambientes com energia ruim
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Ver pessoas com baixo astral. Move céus e terra para reverter isso
Quando não consegue se proteger do frio
MEDOS: É difícil vê-la com medo de verdade, ou reagindo à situações com pânico. Mas existem pequenos receios que lhe fazem estremecer só de pensar. Todos são basicamente relacionados ao frio e a estar desprotegida, como se perder ou perder as luvas, ou ficar muito em contato com a neve. São dores que desestabilizam, as que sente, e não sabe se sozinha consegue se virar tão bem. Procura evitar esses tipos de situações, e ser bem prevenida quanto a isso, mas sabe que pra tudo se tem uma primeira vez.Pascal é um camaleão do Iêmen com menos de um ano de vida, o qual adquiriram pouco depois dele ter nascido. Um bichinho carismático, que adora subir nas mãos das pessoas e caminhar pelos braços, ombros, cabeça. Seu terrário é bem alto e amplo, ficando na casa dos Hakeem.
- Pascal:
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